A presidente da nação, Cristina Fernández Kirchner, apresentou ontem o avanço da maior obra da empresa estatal desde 1949 durante o governo de Domingo Perón.
O novo hangar 5 demandou um investimento de 208 milhões de pesos argentinos (R$ 108.220.000,00), e tem 11 mil metros quadrados de área. Neste hangar serão realizadas realizadas a manutenção dos widebody (aviões de maior tamanho como os Airbus A330 e A340 da companhia).
A gigantesca estrutura metálica, que já está 70% concluída, utilizou 1700 toneladas de aço, e se assemelha a um cubo de 100 metros de largura, 110 metros de comprimento e 25 de altura, com um de seus lados abertos. O hangar 5 foi construído sob a premissa de poder abrigar, em caso de necessidade, o maior avião no mercado no momento, o Airbus A380, e também permitirá manter cinco aviões E-jet Embraer simultaneamente.
A presidente Cristina Kirchner, em conferência desde a cidade de Don Bosco, lembrou que a Aerolíneas foi esvaziada pela condução privada anterior à estatização. "Seus responsáveis foram condenados na Espanha, já que aqui o poder Judicial não os julgou, enquanto nos criticaram, nós recuperamos o patrimônio de todos os argentinos", disse a chefe de Estado.
Ao lado do hangar 5, está em construção um armazém robotizado de peças de reposição de todas as aeronaves da empresa, que permitirá melhorar a resposta nos diferentes tipos de manutenção que se efetuam nos aviões.
O representante da companhia, Mariano Recalde, destacou que o hangar "é uma obra que poderá colocar no rumo a próxima gestão governamental, mas que foi pensada para o crescimento da indústria aérea dos próximos 40 anos".
Recalde lembrou que a companhia que o próximo governo receberá "chega hoje, depois de 25 anos, a todo o país, já que todas as capitais de províncias tem voos diários a Capital Federal; a empresa voa para 36 cidades e conecta a localidades do interior entre elas, algo que nunca foi feito antes".
O representante destacou também que a recuperação da empresa "seria impossível se feita de outra forma" e disse que a Aerolíneas transportará neste ano 10,7 milhões de passageiros, "porque tem cada vez mais argentinos em condições de comprar passagens, tem emprego pleno, salários que permitem sair de férias e empresas fazendo negócios."
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