O 787-10 é grande apenas em tamanho; a autonomia do modelo será o menor da série.
A Boeing anunciou nessa quarta-feira (2) ter concluído o projeto do 787-10. Isso significa que a nova aeronave, que será a terceira versão e a de maior capacidade da família Dreamliner, está pronta para ser produzida em série. Segundo a fabricante, a montagem da primeira fuselagem começa no início do próximo ano, em Everett, Washington, nos Estados Unidos.
O design e a construção do 787-10 é “95% idêntico” ao do 787-9, explicou a Boeing. “Nós otimizamos o projeto para as necessidades do mercado e estamos animados e ansiosos para a produção”, afirma Ken Sanger, vice-presidente de desenvolvimento do Boeing 787. A necessidade citada pelo executivo é pelo transporte de mais passageiros e não necessariamente por maiores distâncias.
O novo 787-10 será o maior da série, com 68 metros de comprimento , e também o mais pesado, podendo decolar com cerca de 250 toneladas – a versão 787-9 tem 63 m e pesa 244 t. No entanto, a ampliação da fuselagem vai aumentar a capacidade de passageiros e reduzir o alcance da aeronave em relação as versões 787-8 e 787-9.
O 787-10 vai poder transportar até 323 passageiros e cobrir uma distância máxima de 12.000 km. O 787-9, por outro lado, tem capacidade para 290 ocupantes e pode voar por mais de 14.000 km. O maior alcance do modelo “9” é justificado por suas asas maiores, com 63 metros de envergadura, o que permite armazenar mais combustível. Já as asas do 787-10 tem 60 m de uma ponta a outra, portanto com tanques menores.
Essa configuração fará do 787-10 uma aeronave ideal para trechos de média distância e com alta demanda de passageiros. Além disso, o novo jato da Boeing apresenta vantagens significativas em consumo de combustível e custos com manutenção mais baixos em relação a aeronaves da geração anterior.
Como informou a Boeing, o primeiro voo do novo 787 está programado para meados de 2017 e a primeira entrega deve acontecer em 2018. Mesmo sem sair do papel, o 787-10 já tem 164 pedidos de companhias aéreas do mundo todo, o que representa 14% de todas as encomendas realizadas pelo Dreamliner.
O Boeing 787, considerado um dos jatos comerciais mais modernos da atualidade, estreou no mercado em 2011 com a companhia japonesa ANA. Até outubro deste ano, a fabricante norte-americana entregou 340 unidades do aparelho, nas versões 787-8 e 787-9. O modelo 787-10 é avaliado em cerca de US$ 306 milhões.
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