O advogado contou como foram os momentos que antecederam o pedido: “Chegamos na aeronave e sentamos na poltrona. Eu bastante ansioso e ela nem desconfiava de nada. Fiquei sentado ali uns 5 minutos e, então, enfrentei o medo e fui falar com um dos comissários de voo. Ele me disse que talvez não seria possível que eu falasse no microfone, porém, iria pedir ao comandante da aeronave. Brincando comigo, tentaram me dissuadir. Contudo, eu já estava decidido. O comissário pediu que eu sentasse e aguardasse a resposta. Fui sentar e logo a Gécilla me perguntou o que estava fazendo lá atrás. Respondi que fui pedir água e ir ao banheiro. Depois, o comissário veio e sinalizou que eu poderia falar no microfone. Peguei a carta e o anel e me dirigi até a frente de todos e me declarei”.
Segundo André, até as pessoas que estavam cochilando acordaram para ouvir a declaração de amor: “Após eu me declarar, todos aplaudiram e muitos me cumprimentaram, desejando boa sorte a nossa união”. O cuiabano contou ainda que tinha em mente “fazer algo diferente, inesperado, inimaginável tanto para mim quanto para ela, já que sou tímido e bastante nervoso ao falar em público. Na verdade, não teve preparação alguma. Foi tudo no improviso, a não ser o que li para ela, que escrevi um dia antes. Fiquei bastante nervoso quando iniciei a leitura, mas na metade da carta a ansiedade e o nervosismo foram sendo superados”.
A ideia de pedir a namorada em casamento durante o voo foi tomada duas semanas antes da viagem. A arquiteta contou que ficou sem palavras: “Difícil de falar com palavras, posso dizer que foi primeiramente uma grande surpresa, uma alegria imensa, me senti amada, privilegiada. Pois sei o quanto ele é reservado, quieto e tímido. O que é mais um motivo para amá-lo ainda mais, pois sei que fez tudo por mim, por me amar. Quando ouvi a voz dele fiquei boquiaberta, meus olhos encheram de lagrimas e uma emoção enorme tomou minha mente”.
Gécilla não desconfiou do pedido, apenas achou estranho que o, agora noivo, tivesse demorado no fundo da aeronave: “Pensei que ele tivesse ido pedir para tirar foto com piloto ou algo do tipo. O André sempre foi muito tímido então nunca alimentei algum dia receber um pedido dessa forma, esperava algo mais do tipo, um jantar a dois, ou em um passeio no parque. Foi uma prova de amor, que eu amei, adorei e vai ficar marcada pelo resto de nossas vidas. Quando estiver mais velha poderei contar como foi bonito o que estamos vivendo hoje”.
Apesar do pedido inusitado, André seguiu a risca a tradição e pediu para os pais da arquiteta a permissão para pedir a mão: “O André é único e verdadeiro, logo depois do pedido descobri que antes do voo ele pediu a meus pais para só então me fazer o pedido. Me diga, quantas mulheres podem dizer que encontraram um homem assim? Que respeita, cuida, aprecia... certamente não poderia estar em melhores mãos. É como se eu tivesse vivendo em um filme”.
Por fim, a cuiabana se derreteu de amores pelo noivo: “Sempre tive aparência de meio durona, contudo você mais que ninguém sabe que eu derreto facilmente, sabe me amar com meus defeitos e qualidades, e sabe tirar o melhor de mim. Sei que fez como fez por me amar verdadeiramente, e quero que saiba que te amo da mesma forma e o meu maior desejo é te falar sim todos os dias de nossas vidas”.
André e Gécilla, ambos nascidos em Cuiabá, estão juntos há três anos e seis meses, os dois moram em Várzea Grande e estavam indo viajar para Campo Grande (MS), onde participariam de um chá de fraldas de um casal de amigos. Agora, resta apenas marcar a data do casamento: “A nossa pretensão é até o final do ano de 2016. Não temos data definida ainda”.
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