quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Empresas americanas lucram (e muito) com serviços 'extras' e conforto

Muitos brasileiros podem estar sofrendo com a alta do dólar e deixando de standby viagens internacionais. Mas pelo visto o mercado de aviação americano vai muito bem, obrigado. Isso mesmo! Companhias aéreas domésticas dos Estados Unidos fecharão o ano lucrando bem mais que em 2014.

Segundo pesquisas da empresa IdeaWorksCompany, as taxas extras oferecidas pelas companhias renderão a elas cerca de 40 bilhões de reais só em 2015. Como essas companhias terminarão o ano sem entrar no vermelho, enquanto o mundo entra em um colapso financeiro?

Digamos que essas empresas sabem muito bem vender seu peixe como ninguém. Companhias aéreas buscam sempre enfatizar a vantagem que o consumidor teria ao fazer um upgrade na passagem aérea de Classe Econômica para Econômica Premium por exemplo.

Alaska, American, Delta e United Airlines oferecem o upgrade citado acima. Todos sabemos que em diversos aviões, o tamanho e a distância entre acentos na Econômica vem diminuindo a medida que novas cargas são compradas pelas companhias. Com isso, muitos passageiros acabam sendo obrigados a pagar tais taxas para ter um voo mais confortável com a Econômica Premium.

Além disso, diversas companhias estão cobrando dos passageiros o que antes lhes era dado, como lanches e bebidas. A Delta Airlines por exemplo, oferece um serviço pago chamado Delta Comfort+, que inclui maior espaço para pernas, wi-fi, comida e bebidas, embarque adiantado, acentos na primeira fila e etc.

Além é claro, das famosas taxas de bagagens que sempre foram cobradas e geraram dor de cabeça em passageiros. Brasileiros que o digam não é mesmo? Sempre sofrem, tanto em voos internacionais, quanto em conexões domésticas nos Estados Unidos, com suas enormes malas. O pior é que existem companhias como as pequenas Allegiant e Spirit que se aproveitaram do aumento do público agora no fim do ano e aumentaram suas taxas de bagagem.

Claro que essas mudanças não são bem recebidas pelos passageiros, afinal, agora estão pagando pelo que antes recebiam de graça (ou embutido no preço da passagem). Para tentar melhorar a situação e diminuir a insatisfação do público, companhias aéreas europeias estão tentando oficializar a ideia da criação de diversos pacotes que podem agradar mais ao passageiro, a exemplo de opções simples (só com o valor do assento) até uma taxa que engloba todos os extras oferecidos.

Essa moda também está nas companhias brasileiras, representando um bom faturamento! A TAM oferece há alguns anos o Espaço +, nas fileiras de saída de emergência e na primeira fileira dos aviões em voos domésticos. A Gol renovou o interior de seus aviões, o que proporcionou um aumento no conforto de modo geral nas aeronaves, e ainda assim, criou o Gol+, que são as primeiras fileiras dos aviões da empresa que foram modificadas para proporcionar ainda mais conforto e espaço para as pernas.

A Azul, pioneira do serviço no Brasil, oferece o espaço Azul, que também são fileiras modificadas para proporcionar mais espaço e conforto nos voos para seus clientes. No Brasil, esse tipo de serviço já gera uma boa parte da renda dos voos, mas ainda não de forma expressiva como nos Estados Unidos, talvez, pela falta de um serviço mais completo, como oferecido lá. Só o espaço a mais alivia as pernas num voo longo, no entanto, o brasileiro entende que para o conforto, e consequentemente o valor a mais, é preciso um serviço diferenciado, com mais franquia de bagagem, talvez um wi-fi, e um serviço de bordo decente. Será que as empresas brasileiras estão atentas as demandas reais do mercado?

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